Castanhal, PA – Um total de 182 famílias de nove municípios do nordeste paraense já estão integradas ao projeto de cultivo de malva para fins comerciais, fruto da parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC). O Termo de Cooperação Técnica firmado entre as instituições visa reabilitar a cadeia produtiva da fibra, gerando renda no meio rural e fortalecendo a economia local.

A CTC se comprometeu a absorver toda a produção de sementes, garantindo um lucro estimado de R$ 10 mil por hectare cultivado. Agricultores dos municípios de Aurora do Pará, Capitão Poço, Dom Eliseu, Nova Esperança do Piriá, Mãe do Rio, Paragominas, São Miguel do Guamá, São Domingos do Capim e Ulianópolis recebem orientação técnica desde o ano passado, com foco no preparo da área e no cultivo da malva.

Além desses municípios, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará e Irituia estão em fase de visitas e reuniões para esclarecer os interessados em aderir ao projeto. “Desde janeiro de 2024, realizamos 484 visitas a agricultores da região para verificar a viabilidade de produção de sementes. Também organizamos 34 reuniões nas comunidades e um encontro técnico em São Miguel do Guamá, em junho, com representantes de 12 municípios, incluindo Bujaru”, explicou Wildson de Moraes, supervisor do escritório regional da Emater em São Miguel do Guamá.

Planejamento reforçado

Na última sexta-feira (7), uma reunião na sede da CTC, em Castanhal, reforçou o planejamento para os próximos meses. Participaram do encontro equipes locais e regionais da Emater, vereadores, vice-prefeitos e secretários municipais. O grupo também visitou as instalações da fábrica, conhecendo de perto o processo de transformação da malva em produtos têxteis.

Expectativa dos agricultores

Na Colônia Castanheira, em Nova Esperança do Piriá, o agricultor José Nascimento, de 58 anos, prepara-se para iniciar o plantio de malva na próxima semana. Ele destinará um hectare do Sítio São José Cidapar II, onde a família já cultiva mandioca, milho e feijão, para o novo projeto.

“Pra gente, tá sendo bem vantajoso, porque o suporte é total. Chega tudo estruturado: insumo, acompanhamento. Nosso principal investimento é área e mão de obra”, afirmou José, confiante no sucesso da iniciativa. A previsão de colheita é para outubro e novembro, marcando o início de uma nova fase para as famílias envolvidas.

O projeto não só promove a geração de renda, mas também fortalece a agricultura familiar e a sustentabilidade no campo, consolidando-se como uma alternativa econômica viável para a região.

Com informações da Emater e CTC

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