O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), saiu em defesa da Petrobras e do direito de realizar pesquisas na Margem Equatorial, comparando a situação com a exploração de petróleo próximo ao Rio de Janeiro. Ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), Barbalho afirmou que o Brasil não pode abrir mão de combustíveis fósseis em seu processo de desenvolvimento.
O discurso ocorreu durante evento do Grupo Esfera, no Guarujá (SP), nesta sexta-feira. Barbalho questionou a diferença de tratamento entre as regiões:
"Eu não posso crer que seja razoável dizerem que não se pode pesquisar a 540 quilômetros da foz do Amazonas se tem ou não tem petróleo, se a 200 quilômetros da praia de Copacabana tem perfuração do pré-sal de Campos. Quer dizer que em Copacabana pode, mas na Amazônia nós não temos direito de transformar nossas riquezas em desenvolvimento social?"
A plateia respondeu com aplausos à fala do governador, que também criticou o que chamou de "contaminação ideológica" no debate. Ele destacou que o bloco de interesse da Petrobras está em mar aberto, área já explorada por outros países.
Petróleo como necessidade para o desenvolvimento
Barbalho afirmou que a exploração é uma necessidade, cabendo à Petrobras apresentar um plano de contingência e ao governo agir com "objetividade e pragmatismo". Para ele, barrar a atividade significaria impedir o desenvolvimento da Amazônia, região que, apesar de suas riquezas, ainda sofre com baixos IDHs e desemprego.
O posicionamento contrasta com o discurso recente do governador, que destacou o Pará como referência em sustentabilidade, com produção de gado, floresta em pé e mineração. O estado também será sede da COP30, reforçando sua importância no debate ambiental.
Apoio do Governador do Rio de Janeiro
Cláudio Castro (PL) concordou com Barbalho, lembrando que a produção de petróleo no Brasil está concentrada no Rio, São Paulo e Espírito Santo. Ele defendeu que os royalties poderiam ser melhor distribuídos para reduzir desigualdades regionais.
Recentemente, o Ibama aprovou o plano de proteção à fauna da Petrobras para a Bacia da Foz do Amazonas, etapa crucial para o licenciamento. O próximo passo inclui vistorias e simulações de emergência.
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