Vereador acusa descaso e Saúde explica regras sobre ambulâncias

Vereador de Castanhal acusa posto de saúde de descaso com paciente ferido, mas Secretaria Municipal esclarece as regras para uso das ambulâncias.

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O vereador Marcelinho Moreira (PV) gerou polêmica ao acusar o posto de saúde do bairro Jaderlândia de descaso após um homem ferido não conseguir transporte em uma ambulância local. Em vídeo publicado em seu Instagram, o parlamentar mostrou o paciente e criticou a equipe, que não liberou o veículo para levá-lo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Indignado, Marcelinho chamou o SAMU (192), que realizou o resgate, e cobrou explicações da vice-prefeita e do secretário municipal de Saúde. No entanto, a Secretaria de Saúde de Castanhal esclareceu que a conduta seguiu protocolos nacionais.

"Ambulância de Posto não pode fazer resgate", explica Secretaria

Em nota oficial, a pasta afirmou que ambulâncias de Unidades de Saúde da Família (USFs) só podem ser usadas para remoções eletivas (agendadas), conforme determina a Portaria nº 2.048/2002 do Ministério da Saúde.

"Atendimentos de emergência, como acidentes, são responsabilidade exclusiva do SAMU, que possui equipes treinadas e equipamentos adequados para garantir a segurança do paciente."

A Secretaria reforçou que, em situações de risco, a população deve ligar para o 192, canal correto para resgates.

Servidora relata constrangimento com vídeo

Uma profissional de saúde que estava no local afirmou que a equipe foi filmada sem autorização e pressionada, mesmo seguindo as normas:

"Cumprimos o que é estabelecido pela política pública. Sofremos tentativa de coerção por fazer nosso trabalho dentro das regras."

ASSISTA:


Editorial: o Dilema entre a Urgência e as Regras

Embora a preocupação do vereador com o atendimento seja legítima, o caso expõe um descompasso entre a percepção pública e os protocolos técnicos. Enquanto Marcelinho via "descaso", a Secretaria agiu conforme a legislação federal.

Curiosamente, em um story no Instagram, o próprio vereador apareceu dirigindo sem cinto de segurança enquanto filmava – uma infração prevista no artigo 167 do CTB. A situação levanta questões sobre como autoridades lidam com regras que criticam.

O debate segue aberto: como melhorar a comunicação entre população, gestores e profissionais de saúde em Castanhal?

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